
Mas
esta relação entre pais e filhos nem sempre é feita só de calmaria e harmonia. Podem
haver turbulências, conflitos e desentendimentos ao longo dos anos.
Eu,
por exemplo, tenho duas filhas completamente diferentes uma da outra: na
organização, nos dons, na ansiedade, no jeito de se vestirem, de se
expressarem, no jeito como demonstram seus sentimentos e por aí vai. Então,
somos três pessoas diferentes convivendo diariamente e nos relacionando. Como
não haver conflitos? Eles existem em todas as famílias, em algumas de uma forma
mais acentuada e em outras nem tanto.
Tenho
visto pais que não assumem de fato a sua posição. Pais que não assumem o peso
do não, porque acreditem, ele pesa. Pais que não suportam e se entregam à
culpa, ou pior, trocam o tempo que deveriam dedicar a seus filhos por presentes
e um monte de “sim” que expõem seus filhos a toda sorte de perigos reais. Como
então lidar com tudo isso?
A
Palavra de Deus orienta os filhos: “Filhos, o dever cristão de vocês é obedecer
ao seu pai e à sua mãe, pois isso é certo.” (Ef. 6.1). A Palavra de Deus também
orienta os pais: “Pais, não tratem os seus filhos de um jeito que faça com que
eles fiquem irritados. Pelo contrário, vocês devem criá-los com a disciplina e
os ensinamentos cristãos” (Ef. 6.4). Analisando os textos citados percebemos
que a orientação divina em relação a pais e filhos se baseia numa palavra
simples: RESPEITO.
Os
filhos precisam entender que não podem tratar seus pais de qualquer maneira,
mas com respeito e atenção, dessa forma muitos “tombos” poderão ser evitados.
Os Pais, por sua vez, precisam estar firmes e em acordo com o que a Palavra
diz, para fundamentar seus “nãos” e não se sentirem culpados, pois esta
disciplina será fundamental para que a criança cresça sentindo-se segura, amada
e cuidada. Mas pais, lembrem-se também que vocês não podem viver em lugar do
seu filho, seu filho precisa cair para aprender a se levantar, precisa
enfrentar as adversidades para aprender a lidar com elas, não sendo dessa
forma, ele será uma pessoa fraca e quando não tiver alguém para resolver os
problemas por ele não saberá como agir. Oriente, mas não queira viver por ele!
Por
último, mas não menos importante, vem o perdão. Talvez você tenha tido
filhos ingratos e desobedientes. Talvez seus pais tenham sido duros por demais
com você. Pode ser que a sua consciência te acuse por ter tratado seus pais com
desprezo ou por ter sido um pai que não soube agir da maneira certa. Saiba que
para qualquer desses casos Deus te concede o perdão. Perdão que liberta, que
tira o peso da culpa e nos faz enxergar pai e mãe como pessoas, que podem
errar, até quando pensam estar fazendo o certo. Perdão que nos faz amar nossos
filhos como pessoas que precisam da nossa oração, do nosso apoio em todos os
momentos. Como diz uma famosa frase: “Me ame quando eu menos mereço, pois é
quando eu mais preciso.”
Perdoem-se
pais e filhos. Amem-se pais e filhos. Pratiquem o respeito mútuo. Reconhecer os
próprios erros já é um excelente começo para uma melhor convivência. Conversem sobre isso, posso lhes assegurar
que será uma experiência libertadora. Lembrem-se que em todos os momentos Deus
estará pronto a te orientar. Peça a sua ajuda, fale com Ele, ore, Ele é o
melhor conselheiro de todos.
Verônica
Belz